pela última vez, não quero partir.
não quero que vás.
se isto não é real, não quero acordar.
não separes a tua mão da minha,
contemos estrelas até de madrugada,
até a noite acabar.
fica. partilha comigo esta noite,
que a vida é demasiado negra para a vivermos sozinhos,
e a exaltação de um dia não nos leva a caminhos
felizes.
não quero que vás.
se isto não é real, não quero acordar.
não separes a tua mão da minha,
contemos estrelas até de madrugada,
até a noite acabar.
fica. partilha comigo esta noite,
que a vida é demasiado negra para a vivermos sozinhos,
e a exaltação de um dia não nos leva a caminhos
felizes.
como vou eu partir, se os meus pés estão presos ao chão?
se em cada passo que dou, me aproximo mais do que quero de nós,
do quanto quero que me prendas em ti?
não me percas, não me deixes fugir,
guarda-me num lugar seguro, bem fundo,
no teu coração.
queria sair pela janela, esta noite,
tomar o rumo a que chamamos "distância", torná-lo nulo,
abraçar-te, assim, num abraço nosso,
e adormecer, feliz, no teu peito,
porque não existe local mais perfeito,
que o teu lado.
-------------------------------------------------------------------------------
queria dormir, e não consigo
é que volta a mim sempre o sentimento
de que algo cai, está a cair e não pára.
não aguento a sensação de sofrimento
de ofegar sem nada, só com vazio
de ter o sonho e o sono presos por um fio
sem ter a mínima ideia de como o segurar.
prefiro ficar aqui, bem parado
se não me mexer talvez não me atinja
qualquer que seja o mal ou o mau fado
que me queria atingir.
se não pensar...se não sentir...
se me enroscar à volta deste nada, que me enche
que evita que permita entrar o bom do mundo
talvez chegue à madrugada.
talvez seja mais simples dormir com sol.
se em cada passo que dou, me aproximo mais do que quero de nós,
do quanto quero que me prendas em ti?
não me percas, não me deixes fugir,
guarda-me num lugar seguro, bem fundo,
no teu coração.
queria sair pela janela, esta noite,
tomar o rumo a que chamamos "distância", torná-lo nulo,
abraçar-te, assim, num abraço nosso,
e adormecer, feliz, no teu peito,
porque não existe local mais perfeito,
que o teu lado.
-------------------------------------------------------------------------------
queria dormir, e não consigo
é que volta a mim sempre o sentimento
de que algo cai, está a cair e não pára.
não aguento a sensação de sofrimento
de ofegar sem nada, só com vazio
de ter o sonho e o sono presos por um fio
sem ter a mínima ideia de como o segurar.
prefiro ficar aqui, bem parado
se não me mexer talvez não me atinja
qualquer que seja o mal ou o mau fado
que me queria atingir.
se não pensar...se não sentir...
se me enroscar à volta deste nada, que me enche
que evita que permita entrar o bom do mundo
talvez chegue à madrugada.
talvez seja mais simples dormir com sol.
mas sei que arde a nostalgia de querer
sem ter a certeza, mesmo assim tentei chegar ao fim de dizer
o que queria.
é que se é bem ou mal, ou pecado capital,
pouco me importa, se na volta, não estiver fria a cama
não houver solidão que resista
a dois palmos de conversa e uma conquista
ou a outra coisa qualquer, que isto do amor
é uma lâmina de dois gumes
um na garganta, pronto a rasgar
outro no coração, com vontade de apertar.
se ficares ou partires, é-me indiferente
não te esqueças é de fechar a porta quando saires.
1 comentário:
é lixado quando se esquecem de fechar a porta...é lixado, pois.
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