Quando vais embora, eu fico taciturno. Chego a casa e descalço-me, ponho um disco, daqueles que não gostas particularmente, e estico-me no sofá. Vejo as horas passar, lentamente, no relógio do computador, porque o do telemóvel está a carregar, não vá ficar sem bateria durante os breves momentos que te vou ouvir. Que são preciosos. O disco acaba, e já não tenho mta paciência para o ir mudar. Ou para ouvir música, mesmo. Por isso, desligo a luz... e pronto.
Queria só mesmo dizer-te que... quando vais embora, pouco sobra de mim em mim. Os dias passam *tão* devagar, sabes? E tenho medo de te dizer vezes demais, porque vais concerteza aborrecer-te. E porque eu não sou assim? E não saio, nem tenho vontade de sair. Nem de falar, nem de conversar, nem de sair de casa. E custa-me seguir um fio de raciocínio onde quer que seja.
Já pouco faz sentido, agora. Não era nada disso que eu queria dizer. Era só... que sinto a tua falta.
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