terça-feira, 28 de outubro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

22.10.08; 11:37

[Ra Ra Riot - Dying is Fine]
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Sobre as coisas que não podemos escolher.
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As escolhas. Alguém as fez. Se for perdoado pelo cliché, diria mesmo que nada acontece por acaso. De vez em quando, maldizemos a sorte e não percebemos que tudo, tudo tem um sentido. Eu acredito que de vez em quando merecemos é a má sorte. Estava a pensar nisso, no quanto o Karma... no quanto as percepções moldam o que vemos. No quanto podemos ver as situações com outros olhos. Com olhos melhores. Se calhar, quando nos acontecem coisas más.... provavelmente, merecemo-las. Provavelmente desequilibrámos o Universo doutro lado, e ele settled the score.
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O rescaldo do concerto de dEUS não tem sido fácil... muitas, muitas, muitas cervicalgias. Mas valeu a pena. Enquanto lá estive, pensei tantas vezes: "eu não quero saber o que as pessoas pensam, i'm having the time of my life", e "amanhã vai voltar tudo ao -500, mas hoje... hoje é especial". Escrevi há uns tempos qualquer coisa sobre momentos felizes, como os procurar. Tenho repetido essa ideia imensas vezes no que digo e no que penso. Procurar bom karma, procurar coisas felizes, momentos felizes. Toda a gente tem direito a ser feliz por momentos, i guess. E eu sou, honest, sou muito feliz em alguns momentos, o que dá algum sentido às coisas.
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As misturas dos Iconoclasts estão a correr mto bem. Estão a ser feitas com calma, e o Eduardo lê os nossos pensamentos com imensa mestria, o que torna tudo muito mais fácil. E é agradável o feedback que recebemos da malta que passa no estúdio, e das nossas pessoas mais próximas. Isso é feliz. Estar em estúdio é ser feliz. Descalço-me, estico as pernas no sofá da reggie e sou mesmo feliz, honest. E tocar ao vivo também o vai ser. Estou entusiasmado com essa ideia, vai ser mesmo muito bom.
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Para acabar... de vez em quando os amigos fazem coisas sem muito sentido. É mesmo assim, sabes? O orgulho é uma coisa complicada de gerir, mas... They luv u anyway, u know? E... second chances.... we all *do* deserve one. Porque não conheço ninguém que não faça asneiras todos os dias, *todos* os dias se erra, e se podia ser melhor. Mas hey... This is who we are. E não seríamos melhores de nenhuma outra maneira.
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Nota mental: TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA! TENHO DE ARRUMAR A CASA!

domingo, 19 de outubro de 2008

dEUS @ Aula Magna, 19.10.08


"...Drop the phone, take the plane and come back home again..."


"... you should've been doing this with someone you love..."


"...sometimes I don't wanna fight...."

Thanks, M.

domingo, 12 de outubro de 2008

Outro regresso ao passado (from sketchesformysweetheart.blogspot.com)

7 de Julho de 2005

love is just a game

The lover is crying cause the other won't stay..

E depois ficam as saudades, sabes? Sabes toda aquela treta da positividade das saudades, de valer a pena e tal... Não! Mesmo que não seja o maior dos sentimentos, o vazio... Mas já nos fomos habituando a isso, não é? Por vezes, quando é realmente tarde, chego a casa, e só quero contar estrelas, ou buracos no tecto, ou outra coisa qualquer, de mãos atrás da cabeça. Nem dormir. Imaginar, relembrar contornos, pequenos detalhes. É com o que se fica depois. Detalhes. E andam por aqui, perdidos, por dias. Por vezes por mais tempo. Mas é do que queremos falar, não é? Do que existe, do que aparece de um momento para o outro, e nos deixa assim. Não importa a velocidade com que passa, é o que torna mágicos os dias. E as tristezas, as dúvidas, as hesitações fazem parte. Não são exactamente doces, mas fazem parte. Gimme one more day, gimme another night... E pode ser que para a próxima we do it right. Seja lá isso o que for.

Love, noises and kisses,

VHA


8 de Julho de 2005

everything in it's right place...

Querida Flávia,

Aquela pessoa... não era genial que fosse tudo simples? Organizado como os dossiers do curso, catalogado a cores e esquemas. Nem os limites da amizade são contornos a bold. E de vez em quando, desejamos, desesperamos por coisas sem sentido. Quantas vezes fizeste coisas que nunca esperaste fazer, nos momentos mais estranhos? E as razões? Fazer falta não é necessitar. Senão eramos uns necessitados, não achas? Mas egoístas somos. Bem, e especiais também, não que nos vamos transformar em super guerreiros ou desaparecer à vista de todos, mas temos as nossas particularidades. E somos únicos.

Tenho andado a pensar mais no que dizia à pouco, nos limites do nosso (ou do meu) egoísmo. Vou começar a usar o "gosto como me fazes sentir". Não é a nossa adrenalina que adoramos, os nossos sentimentos que levamos no nosso sono, na grande maior parte das vezes? Não me censures demais, sou tão altruísta como qualquer outra pessoa, o meu emprego até é ajudar as pessoas e tudo, mas... Tudo acerca de sensações. Gosto que te sintas bem por me teres aqui, a fazer isto. Isso faz com que eu me sinta bem comigo.

Também tenho andado a pensar na quantidade de fotografias da minha vida que vou guardando, misturado com um pouco de one hour photo. Existem alturas cheias da minha vida. Muitas fotos, muitas cores associadas a muitos sons, a muito som. Mas quando o mundo falha, a solidão é uma coisa terrível. Como dormir sozinho à noite. Tem-me custado um pouco. Habituei-me ao contrário em tantas alturas da minha vida, que agora... Não sentes falta? Sem qualquer acto a mais que dormir no colo de alguém, ou sentir-me aconchegado.

Mas pronto, já chega do discurso (que parece demasiado needy, o que não é a realidade).

Love, noises and kisses,

VHA

9 de Julho de 2005

What I am to you is not real.

Gostava de te explicar a cor de um sentimento. A sua temperatura, de um azul claro frio como um dia ventoso de chuva. Pintava-te um coração a azul. O meu. Gostava que sentisses o cinzento dos seus caminhos tortuosos que o ligam a ideias que não correspondem. O negro de uma sinapse que não se faz, de um axónio sem ligação. Mostrava-te que bate sem som, sem ritmo. Que abranda, e abranda, e se transforma, torna-se pedra. Lembras-te do vermelho, do calor... tanto calor! Do sangue que não trocávamos directamente. Em vez disso, litros e litros de água. Acho que foi onde nos perdemos. Tudo o que trocámos tinha a cor de um mar que sempre levou. Raramente trouxe. Já deixei de desejar o rubor dos teus sentimentos, quando me deixavas, literalmente, sem sangue. Duma tez pálida, que sempre o foi, ficou apenas o gelo branco. Gostava de te dizer que não morri, que inspiro e expiro como qualquer outro. Mas a vida longe é dispneica.

Quando o dia chegar que não me fizeres falta, hei-de queimar tudo o que deixaste no meu quarto. Hei-de guardar as cinzas. E quando quiseres de volta o que perdeste por aqui, juntá-las-ei às tuas.

13 de Julho de 2005

blame it on the black star.

Red wine and sleeping pills
Help me get back to your arms

Há alturas em que não vale a pena. Já devias saber isso. Pinta tudo a preto e branco, e é fácil de perceber. A esta altura, deves estar a fazer uma asneira qualquer, até evito dizer-te qualquer coisa porque se calhar te ias sentir pior. Volto ao início, de vez em quando não vale a pena o risco, as noites, a sanidade, a estabilidade... E depois há o wedding invitation. Chegam alturas em que não sabemos o que fazer, em que todos os caminhos parecem shady. Se calhar, o melhor é acampar exactamente onde os teus pés estão. Faz uma calorosa fogueira, abre o saco-cama, e pensa muito bem em tudo o que faz bater o teu coração (esquece lá cardio :P). Faz pontos para os i's, e decide-te. Usa a cabeça, 80%. O coração, 18%. Depois, aponta ao céu e.... lift off. Hás-de lá chegar. E já sabes como é o tempo, é pior que o TGV, mto pior que o sud express ;)

Amanhã tiramos as dúvidas....

Love, noises and kisses,

VHA

21 de Julho de 2005

what i am to you, you do not need.

a vida não é simples. já te tinha dito. mas isso também já sabias. passo os dias a dizer-te que as cartas que jogamos não são sim ou não, brancas ou pretas. não são fáceis. sabes, acho que muitas vezes, o que vivemos, nem é erro ou não-erro. contar-te-ia mil histórias de como ninguém quer saber do teu coração. ou do meu. ou como se tira prazer do rodar de uma adaga. mas ainda rimam para ti as madrugada ou as manhãs sossegadas. mas quando sinto a tua mão, com a mesma intensidade do que olhas, com o mesmo coração, não há rima. nem deixa de a haver. é só aquele momento, breve, porque tens sempre que ir. e qdo te peço que fiques, ou insisto, não há nada em mim que não desse a sua vida para que ficasses mais um pouco. para que aqueles 2 centimetros deixassem de existir. para que te pudesse abraçar plenamente.

eu não complico nada.

correntes? quais correntes? aquelas que partimos no momento em que deixámos a teimosia de parte?

confusões? nada mais claro. e se o meu coração não é já teu...

enquanto te aproximavas, assim, não pude deixar de pensar o quanto iria sentir a tua falta mais esta noite. mas, como já tinha dito, é injusto pedir-te para ficar. e se me apetece sentar no banco por baixo da tua janela, e escrever-te o quanto a noite não é justa sem te ver mais um pouco. imaginar que estás a 2 metros. cruzar as pernas, como sempre faço, deixar a cabeça cair sobre as mãos, fechar os olhos... e de repente, como hoje... estarias ali de novo.

se te pudesse pedir o mundo...

Teu,

VHA

23 de Julho de 2005

You give me miles and miles of mountains and I'll ask for the sea

Imagino uma praia.

Imagina uma noite, ouves o bater das ondas? Ouves a suavidade com que deslizam, quando procuram os nossos pés? Sentes o vento que passa? Sinto os teus braços frios. Aproximo-te mais um pouco. Vês todas as estrelas? Abraça-me com um pouco mais de força. Agarra-me com mais força, estou-me a sentir muito solto. Liberdade a mais, nos teus braços,faz-me sentir perdido. Percebes o que aquela lua te quer dizer, quase aqui, alcançável?

Queres continuar a contar estrelas? De mãos dadas?

Porque não agarras com força a minha mão? Tens medo do quê? Já te disse que assim me perco. Para que me perdi em ti,se agora não te posso sentir?

Queres continuar a contar estrelas? Ou contamo-las cada um do seu quarto?

Queres sair desta praia, meu amor? Dei tanto para te ter aqui. Sabes o quanto tremeram as minhas mãos para te dar tudo isto? O quanto sonhei estas noites por poder fechar os olhos e ter uma memória a somar a tudo o que se passa aqui dentro? O meu quarto é tão vazio sem ti. Torna-se insuportável. Contar estrelas, não as contar, daqui, é igual. Sinto a tua falta. Construi uma pequena casa nos terrenos movediços do teu coração, e agora não sei quando irá desabar, levando com ela aquele beijo.

Nunca contámos estrelas?

Temos de mudar isso. Nunca contámos estrelas, deitados, a pensar nos amanhãs que nunca irão vir? Não sei se é saudável isto. Os segredos revelados duram pouco. E eu que só queria que me fizesses sentir um pouco mais especial, que tomasses a iniciativa..Se é a mim que queres, porque me deixas andar por aqui, perdido, nos "talvez" dos dias, no passar dos dias. Na passividade dos dias.

Queres mudar o meu mundo amanhã?


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Mudanças

[Starlux - Low Radiation]

Nunca são fáceis. Temos as nossas rotinas, pertencemos a sítios, a pessoas. Mesmo sem pensarmos nisso, no dia a dia... Sem pensarmos, fazemos contas ao dia seguinte, como se fosse seguro, como se tudo estivesse igual. E pode não estar.

Tenho pensado imenso sobre a descartabilidade (isto existe?) de tudo hoje em dia. Somos completamente descartáveis. E somos movidos como peças de xadrez, com todo o impacto que isso vai ter no nosso equilíbrio. No meu equilíbrio, pelo menos. Eu sei que ele não é bestial, mas... Talvez seja um bocadinho derrotista... Talvez vá tudo correr bem. Há alturas que não são tão más. Não sei. As always, mixed feelings about... well.... about everything.

É mesmo época de mudanças para estas bandas. Não é fácil... mas já foi pior. E todos os dias há boas notícias, também. E... temos sempre os planos. Eu sempre tive muito a certeza do que queria ser. Agora que aqui estou.... acho que já não sei assim tão bem.

Como escrevia há uns tempos... fazer tudo o possível para ser um bocadinho mais feliz. E cada vez creio que *isso* é que é realmente importante. Mais que qualquer outra coisa.