sexta-feira, 30 de maio de 2008

30.05, 23:26






30.05; 23:04

[Tree Valley - Lady Winter]

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Há 10 anos, Castelo Branco, pelo menos aos meus olhos, era o maior paraíso musical da História. Havia killing spree, bubbles e alien picnic, e depois oscillating fan, e agora norton; havia jake que foram feet, havia out standing... houve captain clown e há jaguar. Havia concertos no clube, havia concentrações de pessoas que faziam música, havia cerveja a mais e horas a menos, havia ambições.

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Hoje fui a Tree Valley na fnac do Allegro. Tree Valley é o Daniel Pires, e poucas coisas me lembram mais esse tempo que o Daniel. Lembro-me de ter 16 anos, e saber de que é que fala o counting stars. Como me lembro de estar sentado na sala de killing a ouvir ensaios, e pensar que era exactamente aquilo que eu queria fazer. Isto é tanto influência como um disco de pavement, ou o loveless.

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10 anos mais tarde há certas coisas que já não são as mesmas. Mas continuamos cá.

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Quase todos.


quinta-feira, 29 de maio de 2008

29.05, 14:12

Odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeio os senhores do gasóleo. Tenho dito.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

1ª parede da sala.



28.05, 19:13

[Johnny Foreigner - Sometimes, in the bullring]
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Segundas oportunidades são coisas bestiais. Nunca, nunca são merecidas. Mas alguma na compaixão humana nos permite tais coisas, qual "end of evangelion". Eu acredito que ninguém muda verdadeiramente. Não penso que as atitudes são tudo. Parece-me que "the urge" para fazer qualquer coisa é muito mais interessante. E aí não acredito em pessoas boas e más. Acredito que fazemos coisas correctas e menos correctas, sem dúvida em volumes diferentes. Conversa fiada para dizer: que bom é termos uma segunda oportunidade.
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Até logo à noite vou decidir os próximos 6 cd's do carro. Depois posto.

terça-feira, 27 de maio de 2008

27.05, 23:35

[Voxtrot - Blood Red Blood]
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Eu tenho fé no Mundo. Todos os dias admito a imensa sorte que tenho, o quanto não tenho o mínimo de queixas ao universo. A minha fé renova-se quando vou, tranquilamente, jantar ao Allegro e, meus amigos: soundtrack, de seguida, alto e a bom som, para toda a gente ouvir: killers - midnight show, beach house - gila, the national - slow show. Como é que num centro comercial passam estes temas seguidos? Fé no Mundo, eu digo. Como aquele miúdo de 12 anos que tinha uma banda de covers, e que à minha pergunta herege de que cover faziam melhor, ele responde, banalmente: o london calling. Fé no Mundo, meus amigos, vos digo.
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Pensei algumas vezes como iria decorar a casa. Pensei em quadros esteticamente interessantes, pensei em combinações de cores, pensei em tanta coisa. Depois pensei simples: socialmente seria correcto pendurar quadros. Optei por afixar recortes de revistas e jornais, assim como posters de música e cinema. Faz todo o sentido! 25 anos não são 40, e não tenho de me sentir bem numa casa decorada como todas as outras. Agora tenho o bob dylan a ver-me tocar, ainda meio desleixadamente, o tambourine man na brand new harmonica, ou a cat power... (isso lembra-me: odeio o jude law. odeio, odeio, odeio... a vida não é justa. chan marshall e norah jones... não é justo... ). Comprei uma estante para os livros, outra para os cd's, e uma para os sapatos. Tenho *mesmo* de arrumar os cd's. E tenho de ganhar coragem para ir buscar as minhas coisas de volta.
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Hoje sinto-me bem. Tenho problemas, claro, mas vejo as soluções. Tenho issues, mas hey, don't we all? E tenho o nouns e o arm's way. Será que um tipo precisa de muito mais para ser feliz?

sábado, 24 de maio de 2008

25.08, 02:54

[Ryan Adams - Everybody Knows]

Comprei uma harmónica.

Tenho a noção de que não é perder tempo. Tenho tido algumas crises sobre o que é realmente importante. Tenho pensado sobre o lado conservador da coisa: imagino tudo o que me foi incutido tantas e tantas vezes sobre o quão importante é estudar, e o quão importante é ser ambicioso profissionalmente. Passam-me por vezes frases que ouvi repetidamente sobre pessoas que chegam a idades avançadas, e não me lembro de ouvir falar de pós-graduações, e formações académicas. Imagino-as falar sobre as grandes paixões da vida, os lugares que visitaram, as pessoas que conheceram. Lembro-me de ouvir dizer "estás a gastar demasiado tempo com a música, estuda mas é". Hey... eu gosto de música. Agora tenho a opção de fazer o que quero, já cheguei a algum lado. Não é um lado muito digno de cobiça, mas eu tenho orgulho nele.

Parece-me o seguinte: não tenho mais de 25 anos, tenho mesmo de conhecer mais coisas, se calhar mais do que empenhar-me mais, ou ler mais artigos. Se calhar tenho de pensar mais onde ir passar o fim de semana, ou não ficar com dor de consciência por ter passado as férias a ouvir discos novos.

Quando fizer 90 anos (improvável, mas hey...), de que é que me vou lembrar? Que recordações é que quero fazer agora para, quando chegar a essa idade, pensar: "que vida em cheio que eu tive!". Passa por concertos? Por viagens? Por tentar ser mais sociável, e conhecer mais gente? Por bloquear a vontade da passividade?

We'll all float on, alright.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

24.05.08, 00:18

[Oasis - Supersonic]

Estava-me a lembrar de sexta ir por gasóleo ao sítio mais barato da zona, e haver tipo uma fila de 1 km para o sítio. Mas hey, ok com isso. Lembro-me de pensar "que bestial que é a vida". Tinha acabado de comprar o belo do Boxer e vinha a ouvir. Claro que já ng me atura com as fotos, e a shirt, e tal... Mas estava sol, e alfragide norte até é uma zona fixe para se pensar em punta cana e mai-tais. E para pensar que o cenário podia bem ser dum filme qualquer, que não me importava de ver. E continuo a achar isso.

Tenho andado com a papelada certinha no hospital, e isso dá-me uma certa paz de espírito. Hey, uma semana de férias também é sempre bestial. E ter muitos discos para ouvir também. E já é sexta...

Continuamos à procura de vocalista... isto está a ser moroso, mas vai acabar bem. De certeza. Hey, nós somos a melhor banda do mundo. Temos de ter um vocalista à altura, ok? Já lá vão 8 meses. Ora, a um tema por mês, não temos sido muito prolíficos. :) Toda a gente adora a nossa gravação meio-xunga de um ensaio. Estou ansioso por voltar a estúdio. Já lá vão uns tempos. Ouve principalmente muito mais música. Sei exactamente o que fazer lá. É só esperar e ver.

Ora, e os 6 discos que ocupam a caixa de cd's do meu almera são:





Fui ver Norton à uns dias. Bom gig, Santiago Alquimista medianamente composto, muita família de castelo branco, como o pedro lhe chamou. Em conversa com uma amiga, fiz uma lista de pessoas que me influenciaram guitar-wise. Não me podia esquecer do Carlos. E faz tanta falta. Já não via Norton há imenso tempo, e foi exactamente isso que eu senti. Vou fazer uma pequena homenagem. Eu lembro-me do autocolante com o smiley azul que ele usava naquela... hum... vester?... whatever, naquela guitarra que ele usava. Bem, a minha tele vai ter um autocolante novo. Onde quer que estejas, e com a certeza absoluta que ias achar completamente ridícula a ideia, espero que não te importes.